quinta-feira, 25 de março de 2010

Viagens antigas

Passam algumas lembranças em minha memória. Flashs. Uns muito engraçados. Rio sozinha. Lembrei de duas viagens que são muito importantes, não apenas pelas viagens, mas pelos seus resultados.

A primeira foi uma viagem para uma cidadezinha, ao norte de Santa Catarina, chamada São Bento do Sul. Colonização alemã e polonesa, cidade dos móveis e da música e de dias muito frios. Gente hospitaleira e de olhos e pele clarinha. O pretexto da viagem foi um trabalho de Sociolinguistica. Um bom trabalho. O fruto dessa viagem e desse trabalho foi uma grande amizade entre 3 estudantes de Letras (mesmo com a Elaine vindo para casa antes porque estava morrendo de saudades - a viagem durou 4 dias, se não estou enganada).
Eu, além de todas as atrações turísticas clássicas da cidade como a Praça, a Igreja Matriz e o Arquivo Histórico também criei as minhas atrações, como um sapo inconfundível e um trem muito ativo. Renderam boas risadas durante o café do melhor hotel da cidade, Hotel Seiffert. Que café colonial inesquecível também!!!
Ah, quase esqueci de mencionar o shopping, até agora não consigo lembrar o que a gente foi fazer lá, porém lembro que havia uns peixinhos laranjas que perseguiam os dedos e comiam dedos.  Vai uma das fotos dessa viagem inesquecível, aliás, Ana e Elaine, como vocês me deixavam sair assim?


 Amanhã continuo falando da segunda viagem dessa época... mas já dá para imaginar o que vem por ai...
Eu não consigo lembrar com certeza o ano dessa viagem, mas tô chutando 2004...

Primeira Viagem

Fiquei pensando durante esses dias, por onde começaria... qual foi a minha primeira grande viagem? A maior de todas... a que inaugura a série??? De onde vem este desejo louco de sair por ai? Onde começa? Quando? Em vão, não sei... ai lembrei de uma cena interessante nesse final de semana: as grandes viagens da minha infância eram para a casa da Tia Edna! Não que fosse uma longa viagem (20 minutos), nem que fosse um lugar turístico (Criciúma), mas todo domingo que íamos para lá tinha cara de viagem... parecia tão longe! Tínhamos que preparar as coisas no domingo de manhã... mas era emocionante! Não tenho fotos da gente no fusca marrom, também não sei o porquê, mas sair do interior de Urussanga para Criciúma foi uma das minhas primeiras grandes viagens, a maior parte dela na minha imaginação... aquele carro parecia tão grande! Eu e o Diego brigando, o domingo com os primos e a volta sempre exaustos...
Depois vieram as viagens da escola, Gramado, Parques Aquáticos, Beto Carrero e coisa e tal... essas eram mais divertidas pelas pessoas, pela reunião dos amigos, pela música no fundão do ônibus, pela comilança e pelas caras sujas de batom e creme dental de quem dormia primeiro ... porém foram o máximo e inesqueciveis por diversas razões!
Depois veio as viagens com o namorado e as viagens durante a faculdade... acho que por essas que vou começar (também estão mais recentes na minha memória e tenho mais detalhes, minha memória é fraca....um dos motivos desse Blog, anotar informações importantes durante a viagem pela Europa). 

sábado, 20 de março de 2010

Sprache

"Wer fremde Sprachen nicht kennt, weiß nichts von seiner einigen."
(Johann Wolfgang von Goethe)

Confesso que não sou a pessoa mais empolgada do mundo em viajar. Gosto, gosto muito, mas não com tanto afã quanto a Day. Mas a vontade dela me empolga, e a minha vontade de vê-la feliz faz com que entremos em movimento.

Gosto muito de situações novas, de culturas diferentes, de ver coisas semelhantes por ópticas novas, de perceber possibilidades novas. Mas acho que o que mais me encanta nessa vida de viajante são as possibilidades de aprendizagem, sobretudo de novos idiomas.

Sempre gostei disso, e sempre tentei me desenvolver nessa parte. Desde pequeno, buscava entender as palavras em outros idiomas que via pela frente. Na adolescência, as músicas e os quadrinhos me levaram ao inglês. Para o castellano/espanhol foi um pulo, moldado pela passagem da Day por Buenos Aires e por noites assistindo Los Peques. Aventurei-me pelo italiano, pra descobrir que tenho ele no sangue, mas preciso voltar a estudar. E, agora, descobrindo essa língua complexa, mas encantadora, que é o alemão.

Mas meu gosto por linguagens vai além. Mesmo sem compreender, gosto de ouvir meus colegas de turma na aula de alemão falando seus idiomas. Russo, mandarim, polonês, thai, linguas africanas, árabe, francês, turco...

Claro que nada disso diminui meu apreço pela minha língua materna. O português do Brasil é sobremaneira lindo, quando bem falado. E, de mais a mais, o poeta tedesco Goethe estava certíssimo na máxima que abre o post: "Aquele que não conhece idiomas estrangeiros, tampouco conhece o seu próprio".

Bom sábado. Prost!

(Se quiserem me seguir no twitter: @LNeckel)

Viajantes

Sempre fui muito viajona, desde criança. Daquelas que vai muito longe sem sair do lugar, meus amigos e pessoas íntimas sabem do que estou falando...Acontece que nos últimos anos o universo tem conspirado com meus sonhos e pude começar a dar asas aos meus pés, pôr o pé na estrada ou seguir viagem... como quiserem...
Na minha infância, minha Mãe sempre dizia que eu tinha bichinho no **..., mas mal sabia ela que isso não se limitava a fazer silêncio na missa. Tenho um sério problema para criar raizes em um lugar. Acho que minha Mãe é um das pessoas que mais sofre com isso.
No entanto, tudo tem dois lados. Eu tenho duas metades, a viajante, inqueita, curiosa e com bichinho no ** e também a outra metade: sóbria, racional e tranqüila que me completa e me equilibra, meu marido e no momento viajante também Lorenço. Ele é o que mais me apoia nestas vontades loucas de sair correndo pelo mundo ou até a esquina e que muitas vezes sem nem poder compartilhar diretamente e por incrível que pareça ser, nosso relacionamento dá muito certo. Essa outra viagem já está a caminho de completar 10 anos...
Decidi de repente, criar um blog para falar de todas essas viagens! As concretas e as filosóficas, as acompanhadas de cerveja com os amigos e as regadas a saudades...Mas o meu de repente, leva um tempo para sair da idéia e chegar no concreto e só agora estou começando a escrever.
Nesse primeiro momento vou dar uma passada nos álbuns do passado... (Ah! Esqueci de avisar aos que não sabem ainda: sou apaixonada por fotografia, sem tempo para estudar, mas com tempo para fotografar... ) e vou postar e relembrar viagens que já deixam saudades e intercalar com a realidade e com notícias da nova vida no velho mundo...
Amigos queridos, sejam bem-vindos a Nossas Viagens!


quinta-feira, 4 de março de 2010

Reisen

"No eches raíces en un sitio: muévete,
Pues no eres un árbol, para eso tienes dos pies.
El hombre más sabio es el que sabe que su hogar
Es tan grande como pueda imaginar..."

La Danza del Fuego, Mägo de Oz.

MAR SEM FIM

"Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV.
Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto.
Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como imaginamos e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos e simplesmente ir ver.
O mundo na TV é lindo, mas serve para pouca coisa. É preciso questionar o que se aprendeu. É preciso ir tocá-lo."

Amyr Klink

Visitas do Mundo Inteiro

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