Versailles é magnífico por completo, mas eu estava ansiosissíma por esta sala monumental: GALERIA DOS ESPELHOS!
Levava comigo a imagem mental deste lugar desde a adolescência ou arrisco infância, quando recortando imagens de uma revista para algum trabalho da escola, vi fotos deste lugar e nunca mais esqueci, naquele momento reafirmei algo que hoje acho que não fui eu quem decidi, mas sim foi decidido ao eu nascer: "vou trabalhar e viajar muito e este é um dos lugares que eu vou conhecer". Não está sendo bem assim, mas está sendo.
A chegada para a sala hoje, é antecedida por uma outra sala magnífica, mas que te faz dar uma volta de 180 graus até estar de frente para a porta que leva a esta galeria, eu parei ali alguns segundos em frente a esta porta e tentei retirar mentalmente aqueles muitos turistas da minha vista e tentando me concentrar e vê-la por completo sem ninguém para atrapalhar, sim, ela era como eu lembrava, porém, na fotografia eu não tinha a profundidade da sala e nem a ideia de como ela era tão dourada...
Foi incrível, queria passar por ela com calma, olhar todos os detalhes, queria criar uma nova lembrança dela para mim, agora real e sem as notas de rodapé da revista... uma obra magnífica feita pelo homem.
O interessante é que depois de ver a imagem da Galeria dos Espelhos pela primeira vez, a segunda vez que vi e li sobre, já foi em mais tarde, quando a Galeria entrou em restauração. Pensei: "bom, assim dá tempo para eu me preparar par aum dia visitá-la..." A recuperação da Galeria dos Espelhos, duro três anos, exatamente o mesmo tempo que Charles Le Brun levou para pintá-la. Foi a primeira vez desde sua construção em 1684, que a célebre galeria foi objeto de uma restauração "do chão até o teto", descreveu Fréderic Didier, arquiteto chefe dos monumentos históricos franceses, que coordenou os trabalhos para a Folha em 2007. As obras custaram 12 milhões de euros, financiados por meio do mecenato.
No início, século XVII a Galeria chamava-se apenas "Grande Galeria" ou "Salão Nobre" e servia de ponto de passagem diária, à espera de reuniões, com a participação de cortesãos e público visitante. Hoje ela tem este nome pelos seu 357 espelhos que adornam suas paredes -emblema do castelo de Versalhes, representa uma homenagem à glória de Luís 14, da supremacia militar à boa governança do reino. Com 73 metros de comprimento por 13 de largura, foi construída por Jules Hardouin-Mansart entre 1678 e 1684.
Por que Espelhos?
Bom, na época de Luís XIV, quando a galeria foi feita, um bom espelho valia tanto ou mais que a obra de um pintor contemporâneo de referência; isto só para nos poder-mos situar na sumptuosidade. Além disto, a República de Veneza, controlava o monopólio e a manufactura dos espelhos. Para manter a integridade da sua filosofia de mercantilismo, a qual requeria que todos os elementos usados na construção de Versalhes fossem feitos na França, Jean-Baptiste Colbert atraiu vários trabalhadores de Veneza para fazer espelhos na Fábrica Gobelins, para poder usá-los em Versalhes.
A Galeria sempre era usada quando os governantes queriam dar maior brilho nas recepções diplomáticas ou de entretenimento oferecidos por ocasião de casamentos. O trono foi então instalado em uma plataforma na extremidade da galeria, perto do Salon de la Paix. Mas a encenação do poder , de ostentação, também poderiam não ser festiva: o Doge de Génova, em 1685, e os embaixadores de Sião (1686), Pérsia (1715), o Império Otomano (1742) tiveram que atravessar toda a galeria, em frente do Tribunal de Justiça reunido em cada um dos lados do salão.
Houve também as festividades do casamento do duque de Borgonha, neto de Louis XIV, em 1697, filho de Luís XV, em 1745 e, em seguida, o baile de máscaras para o casamento de Maria Antonieta e do Delfim, futuro Luís XVI, em maio de 1770. No século XIX, no desfecho da Guerra franco-prussiana, o Rei da Prússia, Guilherme I, foi declarado Imperador da Alemanha — estabelecendo desta forma o (segundo) Império Alemão — no dia 18 de Janeiro de 1871, na Galeria dos Espelhos. Foi também aqui que foi assinado em 28 de junho de 1919, o Tratado de Versalhes, que pôs fim a Primeira Guerra Mundial. Desde então, os presidentes continuaram a receber os convidados oficiais da França nesta Galeria. A Galeria ainda é posta ao serviço do Estado da Quinta República Francesa, tais como recepções para chefes-de-estado em visita, como a recepção que foi dada para o presidente John Kennedy.
Levava comigo a imagem mental deste lugar desde a adolescência ou arrisco infância, quando recortando imagens de uma revista para algum trabalho da escola, vi fotos deste lugar e nunca mais esqueci, naquele momento reafirmei algo que hoje acho que não fui eu quem decidi, mas sim foi decidido ao eu nascer: "vou trabalhar e viajar muito e este é um dos lugares que eu vou conhecer". Não está sendo bem assim, mas está sendo.
A chegada para a sala hoje, é antecedida por uma outra sala magnífica, mas que te faz dar uma volta de 180 graus até estar de frente para a porta que leva a esta galeria, eu parei ali alguns segundos em frente a esta porta e tentei retirar mentalmente aqueles muitos turistas da minha vista e tentando me concentrar e vê-la por completo sem ninguém para atrapalhar, sim, ela era como eu lembrava, porém, na fotografia eu não tinha a profundidade da sala e nem a ideia de como ela era tão dourada...
Foi incrível, queria passar por ela com calma, olhar todos os detalhes, queria criar uma nova lembrança dela para mim, agora real e sem as notas de rodapé da revista... uma obra magnífica feita pelo homem.
O interessante é que depois de ver a imagem da Galeria dos Espelhos pela primeira vez, a segunda vez que vi e li sobre, já foi em mais tarde, quando a Galeria entrou em restauração. Pensei: "bom, assim dá tempo para eu me preparar par aum dia visitá-la..." A recuperação da Galeria dos Espelhos, duro três anos, exatamente o mesmo tempo que Charles Le Brun levou para pintá-la. Foi a primeira vez desde sua construção em 1684, que a célebre galeria foi objeto de uma restauração "do chão até o teto", descreveu Fréderic Didier, arquiteto chefe dos monumentos históricos franceses, que coordenou os trabalhos para a Folha em 2007. As obras custaram 12 milhões de euros, financiados por meio do mecenato.
História da Galeria dos Espelhos
No início, século XVII a Galeria chamava-se apenas "Grande Galeria" ou "Salão Nobre" e servia de ponto de passagem diária, à espera de reuniões, com a participação de cortesãos e público visitante. Hoje ela tem este nome pelos seu 357 espelhos que adornam suas paredes -emblema do castelo de Versalhes, representa uma homenagem à glória de Luís 14, da supremacia militar à boa governança do reino. Com 73 metros de comprimento por 13 de largura, foi construída por Jules Hardouin-Mansart entre 1678 e 1684.
Por que Espelhos?
Bom, na época de Luís XIV, quando a galeria foi feita, um bom espelho valia tanto ou mais que a obra de um pintor contemporâneo de referência; isto só para nos poder-mos situar na sumptuosidade. Além disto, a República de Veneza, controlava o monopólio e a manufactura dos espelhos. Para manter a integridade da sua filosofia de mercantilismo, a qual requeria que todos os elementos usados na construção de Versalhes fossem feitos na França, Jean-Baptiste Colbert atraiu vários trabalhadores de Veneza para fazer espelhos na Fábrica Gobelins, para poder usá-los em Versalhes.
A Galeria sempre era usada quando os governantes queriam dar maior brilho nas recepções diplomáticas ou de entretenimento oferecidos por ocasião de casamentos. O trono foi então instalado em uma plataforma na extremidade da galeria, perto do Salon de la Paix. Mas a encenação do poder , de ostentação, também poderiam não ser festiva: o Doge de Génova, em 1685, e os embaixadores de Sião (1686), Pérsia (1715), o Império Otomano (1742) tiveram que atravessar toda a galeria, em frente do Tribunal de Justiça reunido em cada um dos lados do salão.
Houve também as festividades do casamento do duque de Borgonha, neto de Louis XIV, em 1697, filho de Luís XV, em 1745 e, em seguida, o baile de máscaras para o casamento de Maria Antonieta e do Delfim, futuro Luís XVI, em maio de 1770. No século XIX, no desfecho da Guerra franco-prussiana, o Rei da Prússia, Guilherme I, foi declarado Imperador da Alemanha — estabelecendo desta forma o (segundo) Império Alemão — no dia 18 de Janeiro de 1871, na Galeria dos Espelhos. Foi também aqui que foi assinado em 28 de junho de 1919, o Tratado de Versalhes, que pôs fim a Primeira Guerra Mundial. Desde então, os presidentes continuaram a receber os convidados oficiais da França nesta Galeria. A Galeria ainda é posta ao serviço do Estado da Quinta República Francesa, tais como recepções para chefes-de-estado em visita, como a recepção que foi dada para o presidente John Kennedy.
A Galeria dos Espelhos è realmente lindissima!
ResponderExcluirCada um dos seus grandes espelhos estao colocados de frente de cada janela que por sua vez dao todas para os Jardins do Castelo.
Grandissima obra de arte! Vale a pena ve-la ao menos uma vez.