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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Würzburg - Baviera - Parte I



Este passeio foi super divertido e energizante! Afinal, com a Anna Mei não tem tempo ruim!
Eu queria ir a Würzburg, mas o Lorenço já tinha ficado alguns dias lá, então, esperava uma oportunidade, uma vez que Würzburg não é longe de Bayreuth. Eis, que aparece a proposta desta carioca mais do que querida que queria dar uma volta durante as férias. E lá fomos nós...
Saímos bem sem compromisso e roteiro, a Anna é uma pessoa cheia das dicas e com os pensamentos (e as pernas a mil por hora), ou seja, tivemos um dia cheíssimo e muito divertido!
Eu tinha algumas dicas das visitas do Lorenço, li algumas coisas rapidamente na net antes e nos jogamos. Não queríamos acordar cedo, então combinamos de nos encontrar na Hauptbahnhof (Estação de Trem), por volta das 08:00. Compramos nosso ticket minutos antes da viagem, nas maquininhas da estação e já verificamos os horários de volta e imprimimos.  


A História de  Würzburg




Bom, estamos falando de uma cidade que iniciou-se provavelmente em 1000 a.C, com a ocupação celta, ou seja, uma cidade com MUITA história. 
A primeira igreja foi fundada em 702, por São Bonifácio, onde hoje está a atual Catedral, que começou a ser erguida em por volta de 1040-1060. Würzburg também possui uma das faculdade mais antigas do mundo, de onde sairam grandes pensadores como Wilhelm Röntgen, descobridor do Raio-X, e o  fisiologista Rudolph Albert von Kölliker. 
Em 1720 começaram os trabalhos de construção do Würzburger Residenz, palácio que substituiu a Festung Marienberg, enquanto residência do Príncipe-Bispo de Wurtzburgo, que em toda a sua história foi tomada apenas uma fez, em 1631, por Gustavo Adolfo II, da Suécia.  E também onde foram gravadas cenas do último filme, "Os Três Mosqueteiros", no qual Orlando Bloom é o Duque de Buckingham, e nós não o vimos por uns dias, logo iniciariam as gravações do filme e o PRÓPRIO Orlando Bloom estaria lá... :( Não o vimos.  (Eu assisti o filme depois, só para reconhecer e rever os lugares, mas é legal).
Só que o episódio histórico mais recente e muito lembrado emAl Würzburg, é do dia 16 de março de 1945, que durou 20 minutos, destruindo 85% de todas as construções da cidade, o bombardeiro realizado pela  Real Força Aérea, que quase apagou Würzburg da terra. O que mais impressiona, portanto, é que a cidade foi reconstruída com os mínimos detalhes de antes, quase imperceptível que é uma reconstrução com pouco mais de 60 anos, de monumentos que tinham como 900 anos. A única coisa que nos faz lembrar, é que é possível perceber nas bases de alguns edifícios a diferença de cor, pois, tudo que era original tentou-se manter na reconstrução, inclusive utilizar o mesmo material, quando possível, retirado dos destroços. 
Outra coisa que particularmente me chamou a atenção a respeito de Würzburg, é a tradição na produção de vinhos com grande qualidade (o que é muito dificil encontrar no país onde a cerveja é quase um bem nacional). Existe uma Casa Burquesa antiga, a "Stachel", uma espécie de Bodega, onde Goethe escreveu um poema, falando dos hábidos dos vinhos e que a partir dele eu descobri que na Franconia é comum misturar vinho com água na hora de beber. Ecaaaa! :(


Nosso Passeio

Bom, nós saímos da HauptBahnhof e nos direcionamos para a margem do Rio Main, caminhamos pela Rua Oberer Mainkai, até a Alte Mainbrücke (Ponte Velha do Rio Main), de onde se tem uma vista bem interessante do Festung Marienberg, uma grande e antiga fortaleza no alto da cidade. Nossa primeira parada foi no Alten Kranen (Antigo Guindaste), um símbolo muito importante para a cidade, uma vez que Würzburg tem um papel bem importante na comunicação marítima com o Mar do Norte e o Mar Negro, mesmo não sendo litorânea, porém, tendo o Rio Main com grande potencial de navegação e que corta o país. Esta parada no Antigo Guindaste foi muito legal pela vista que nos proporcionou, mas também pelas lindas fotos de chifrinho! :) 


quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Um dia comum em Bayreuth - Alemanha

Um dos nossos passatempos preferidos na Alemanha era caminhar pela cidade onde morávamos ou andar de bicicleta. Nosso destino de sábado pela manhã, principalmente durante o verão, junho, ano de Copa do Mundo, era irmos nós exibir com nossas camisas do  Brasil, pela praça principal, a Marktplatz. Dar uma volta no centrinho, olhar as vitrines, comer um bratwurst, beber uma cerveja, tirar mais algumas fotos. 
Porém, sempre há a possibilidade de encontrar uma surpresa! Como os famosos Flohmarket - Mercados de Pulgas -, aliás, oh! povinho para gostar de trocar, vender, comprar quinquilharia! Hehehe. Sempre tinha alguma coisa super interessante por uma bagatela, como livros a 0,50 centavos de Euro. 
Logicamente, não éramos os únicos a sair a rua para caminhar... os alemães enlouquecem com sol!! Saem todos de suas casas e sentam-se nos cafés, restaurantes, do lado de fora - obviamente - para torrar enquanto apreciam o movimento e bebem ou tomam sorvetes! Na minha opinião, não existe nada mais Deutsch do que isto! 
Outra coisa interessante da nossa cidadezinha que não tinha mais do que 73.000 habitantes, é que havia um dinossauro no meio da cidade... quando eu o vi pela primeira vez pensei: - será que Bayreuth é cidade irmã de Tijucas, em Santa Catarina?  Explico: há uma cidade próxima a Florianópolis, em Santa Catarina, que um belo dia um determinado prefeito mandou colocar um dinossauro na cidade... porém, sem nenhum objetivo claro. Já, em Bayreuth, logo depois eu descobri que há um motivo mais nobre. O dino, faz parte do marketing do Museu de Ciências Naturais da cidade. Ufa!  Quanto ao Dino,  tenho uma história super interessante da minha amiga Tati com este(s) dinossauro(s). Ela, Tijucana (não faço a mínima ideia do adjetivo patrio desta cidade) quando nos vistou pela primeira vez e viu o dinossauro no meio da praça, deu um "pequeno" grito e agarrou-se ao dino. Ela já estava fora de Tijucas há algum tempo, então, acho que foi saudades... de qualquer maneira foi muito engraçado! 
Estando em Bayreuth no verão não esqueça: um sorvete e/ou uma cerveja Maisel é obrigatório!


domingo, 15 de julho de 2012

Eremitage e Garten – Bayreuth


O Garten e o Eremitage eram um dos meus lugares preferidos em Bayreuth, fui até o Jardim algumas vezes de ônibus ou de bicicleta (que era muito legal) e em todas as estações. Todos os amigos que nos visitavam, tinham como um dos pontos de parada o Eremitagem. Sem contar que a torta de limão de um dos cafés de lá era uma delícia. Humm...
A história do Eremitagem está ligada a Marquesa Wilhelmine (Guilhermina - não sei porque alguns nomes tem tradução e outros não...) e a seu esposo o Marquês Friedrich, alías como tudo de maior importância histórica em Bayreuth, podemos dizer que eles (principalmente a Marquesa, admiradora da Arte e Cultura), foram responsáveis pela época áurea de Bayreuth. 


Em 1715 o Marquês Georg Wilhelm construiu o hoje chamado "Alte Schloss" na área central da cidade e há uns 5 km dali, possuía um  Zoológico. Mais tarde seu filho o futuro Marquês Friedrich  resolveu construir um Eremitagem onde havia o Zoológico de seu pai, sobre isto, em alguns fontes eu li que este lugar era para o Marquês Friedrich brincar de ser membro de uma ordem de eremitas em outras fontes que ele construiu o Eremitagem e enviou seus cortesãos para uma vida de ordem eremita, sendo qualquer uma delas a versão real, todas me soam muito estranhas. Povo esquisito, sei lá... De qualquer modo, parece um lugar perfeito para isto, longe da área central da cidade, super tranquilo, transbordando paz e com jardins magníficos. 




Porém, em 1735, quando o Marquês Friedrich se casou com Wilhelmine ele a presenteou com o Eremitagem. Fascinada por aquele complexo único ela adicionou mais seções: um Espaço para Música, um Gabinete Japonês e o Gabinete Chinês dos Espelhos, no qual ela escreveu suas celebres memórias.

Entre 1743 e 1745 vários edifícios e fontes foram construídas pelo Jardim, assim como as Grutas Baixa e Superior e a Restauração das Ruínas do Teatro Romano e a criação de um novo Teatro ao ar livre. A Marquesa Wilhelmine também foi a responsável por introduzir muitos elementos barrocos ao Jardim e às construções. Os Jardins e o Eremitagem foram criados quando este tipo de Jardim não existia em toda a Alemanha, sendo o primeiro do estilo no século XVIII. 
Andar por lá e admirar o jardim, se perder pelos labirintos verdes, ver as lindas fores (foi lá que fotografei uma raridade: a Tulipa Negra), tomar um café e fotografar este jardim é gostoso demais, com exceção de ir de bicicleta no inverno, que além de congelarmos os narizes no percurso de 5 km da nossa casa até o Eremitagem, é muito escorregadio pedalar e dificil de se locomover com as bikes por lá.


Nós fomos até o Jardim em varias estações e com diferentes amigos, com a Anna, com a Tati, com o Gilvan (de bike no inverno), sozinhos, com a Clara e o João e com a Fernanda, lembro bem da visita com a Fernanda porque foi quando decidi ser Nikonzeira ao invés de Canon's lembro de usar pela primeira vez uma Nikon e adorar o resultado das cores de outono do Jardim do Eremitagem com a Nikon, diferente das Canons que sempre parecem dar um tom pastel as imagens, a Nikon me pareceu que contrastava bastante as cores, achei o resultado bem interessante e acabei com as minhas dúvidas. 


O fato é que se for a Bayreuth, não importa a estação do ano sempre é um passeio agradável. De outubro a  março o acesso aos prédios está fechado, mas o acesso ao jardim continua aberto, as fontes estarão cobertas, secas ou congeladas! :) 
Se quiser passar um dia todo por lá, poderá fazer um pique-nique ou almoçar  uma comida típica da cidade em um dos restaurantes.


PARA CHEGAR: É simples. No terminal Central de ônibus pegue o número 2 até o "Eremitage" ou vá de bike ou carro.


quinta-feira, 28 de junho de 2012

Coburg - Baviera - Alemanha

Esta cidade não estava nos nossos planos. Na verdade, foi um dos passeios que nós não planejamos e sim o Welcome Center da Universidade de Bayreuth, o qual já citei aqui, nos acolheu super bem. Em um dos Stammtisch, no Restaurante Oskar, a Senhora Nicodemus, nos propôs o passeio. Iríamos todos juntos, dividiríamos um Bayern Ticket, o que tornaria o passeio bem de baixo custo e também havia uma festa acontecendo em Coburg naquele final de semana. 
Coburg é uma cidade pequena (para brasileiros ao menos), mas não menos importante (para nós brasileiros, inclusive). Coburg está a 100km de Nuremberg, banhada pelo Rio Itz, antiga residência da família Wettin.
A origem da cidade remonta ao século XI, o que mais chama a atenção ao chegar na cidade, é que a regão mantém intacta boa parte das suas construções medievais, que é possível ver e visitar atualmente, porém, elas datam dos séculos XVI e XVII, é um dos locais mais conservado (e originais, não tendo sido reconstruído como réplica, como a maior parte da Alemanha, depois da Segunda Guerra). Dentre estas obras da era medieval, a cidade possui uma muralha tripla, que compõe um conjunto com uma grande Fortaleza, chamada Veste Coburg . Hoje o complexo reúne um grande acervo de armaduras (que de todas as nossas visitas a museus foi a coleção de armaduras qe mais nos impressionou), carruagens, gravuras, etc.
Em 1530, a fortaleza serviu de abrigo a Martinho Lutero,  que naquele momento era considerado foragido. A sala e quarto onde o fundador do protestantismo ficou instalado, ainda mantém o mobiliario e objetos, os aposentos podem ser visitados com um guia, assim como todo o interior da Fortaleza/Castelo. O ingresso custa €5,00.
Outra coisa muito legal da cidade é o Mercado (feira) que acontece aos domingos no centro da Praça, atrás do Mercado fica a Prefeitura construída originalmente em 1577-9 e reformada no século XVIII. 
Os Mercados da Alemanha para mim são sempre muito legais! É uma ótima parada para comer coisas típicas da cidade, conhecer as pessoas, comprar flores. AMO O CLIMA DOS MERCADOS ALEMÃES!
Em Coburg nós experimentamos os "Gebratens Champignons", um mix de cogumelos que você mesmo escolhe as espécies na hora, frito com azeite de oliva e o molho que você desejar! Simplesmente uma delícia!!! Não deixe de provar se for a Coburg. Ah, claro, como de costume bebemos a cerveja local. Como normalmente é na Baviera...sim, a cerveja era boa.
Caminhando um pouco em frente você vai encontrar o Castelo Ehrenburg, seus lindos jardins, onde vimos um casamento acontecendo um charme! Uma cena que guardei na memória e queria muito fazer algo parecido no Brasil (embora aqui todos me chamariam de louca), super simples, básico, mais a coisa mais romântica que já vi... num jardim maravilhoso!  Por uma questão de discrição e educação não fotografei e não vou contar mais para fazer surpresa no nosso.
Bom, continuando pelos jardins começa a subida para a Fortaleza. Dá para ir de trenzinho (aqueles clássicos turísticos), mas aconselho você usar o trenzinho só se tiver dificuldade de locomoção ou for idoso. Do contrário, a vista na subida é linda: de um lado a cidade vista de cima, de outro a Fortaleza cada vez mais perto e você imerso em uma pequena floresta, mas lembrando, não é uma subida tranquila para os sedentários. Eu que o diga!
A família dos Duques de Coburg,viveu no Castelo Ehrenburg, até o ínicio do século XIX, estes Duques não eram muito conhecidos, mas olhando os quadros dentro do castelo da árvore genealógica da família, percebe-se a importância da família A família Saxe-Coburgo-Gota, que contribuiu com vários casamentos importantes como o dos sobrinhos de Leopoldo I (primeiro rei dos Belgas), a Rainha Rainha Vitória da Inglaterra  e seu primo em primeiro grau, o filho do Duque Ernesto I, o Príncipe Alberto de Saxe-Coburgo-Gota, com Dom Fernando II consorte real da Rainha Dona Maria II de Portugal. E para nós brasileiros é  em Coburgo, que  jaz o corpo de D. Leopoldina Teresa de Bragança e Bourbon, Princesa do Brasil e Princesa de Saxe-Coburgo-Gota, filha de Dom Pedro IIe de Dona Teresa Cristina, Imperadores do Brasil. 
Outra coisa interessante que eu não entendi bem o porquê, é o Festival de Samba que acontece em Coburg, todo verão! Isto mesmo,  você leu bem: Festival de Samba.... Samba de Alemão para  Brasileiro ver! Falamos um pouco com o grupo (ninguém falava português), eles amaram saber que éramos do Brasil e até pousaram pra fotos. Não quis deixá-los tristes, mas o Samba dos alemães estava mais para Olodum do que Escola de Samba... até hoje eu não consegui descobrir porque eles tem este Festival de Samba, mas sei que a cada ano, cresce e estreita os laços com o Brasil. Vai entender! Foi bom ver um pouco de verde e amarelo na Alemanha! :)


domingo, 6 de novembro de 2011

Grill em Bayreuth, Baviera, Alemanha

Tentamos nos adaptar, mas às vezes a saudade batia... o que fazer, então? Vamos tentar matar as saudades do nosso Brasil do jeito que dá! Meu marido adora fazer e comer um bom churrasco, porém, tínhamos algumas dificuldades na Alemanha: 
1°) A carne bovina não é a fácil de encontrar nos supermercados, são poucos cortes e os preços são bem salgadinhos. 
2°) O porco é o popular aqui e há muitas opções! 
Churras na sacada em Bayreuth
3°) Churrasqueira? Bem, não existem exatamente churrasqueiras e sim uns grills... churrasco de alemão são uns bifes de porco e linguiça na grelha com cerveja na temperatura ambiente...
Depois de alguns meses um amigo brasileiro nos ofereceu um grelha que ele tinha e não usava, porque era um inferno de limpar (e de verdade era!), porém, deixou-nos muito felizes e fizemos alguns "churrasquinhos" da maneira que dava na nossa sacada. Não foram muitas ocasiões, porque o bom tempo e a temperatura agradável para estar na rua não duraram muito tempo, apenas uns 2 meses... mesmo assim foram muitos churrasquinhos divertidos! 
E um brinde a criatividade e a capacidade de adaptação dos brasileiros mesmo em terras frias!
Nosso mascote "Bigadeiro" e os brigadeiros alemães!
Ah! Claro que todo churrasco precisava de uma sobremesa à brasileira, eu improvisei uns brigadeiros, ficaram meio amarguinhos e moles, mas era o que dava para fazer com os tipos de leite condensado e creme de leite de lá... :)
Outra coisa legal que meu marido fez enquanto estávamos por lá, foram as coleções de figurinhas de campeonatos de futebol! Logicamente que uma delas foi a da Copa do Mundo de 2010. Adorávamos comprar os pacotinhos de figurinhas em vários lugares diferentes e países e ele mais que isto, adorava montar, organizar, classificar e fazer trocas de figurinhas nas redes sociais onlines, com vários lugares da Europa, o que também nos ajudava na coleção de selos! :)
Meu colecionador e suas figurinhas!

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Baviera - Schloss Fantasie

Era final de semana, não estava tão frio e agora os dois tinham bicicletas. Ótima oportunidade então, para explorar a cidade de bike! Já tínhamos dado muitas pedaladas pelo centro da cidade e região, mas havia um tal de Schloss Fantasie que ainda não havíamos visitado, procurando informações na net, não encontravamos muita coisa, principalmente sobre o caminho para irmos de bicicleta, os chamados "fahrradweg". Naquele momento eu pensava que apesar do nome de "Castelo", ele não era nada mais que um parque, depois da visita entendi que era ambos. Juntamos o pouco de tudo que sabíamos e fomos em frente, o caminho tinha até algumas áreas "radicais", estávamos tão acostumados com áreas planas que quando vimos uns morrinhos os dois sedentários aqui se surpreenderam e logicamente ficaram mortos.
No caminho descobrimos que não encontrávamos informações sobre o Schloss Fantasisie, porque procurávamos de forma errada. Ele não está exatamente em Bayreuth, mas em uma "vila" vizinha, os chamados "dorf". 

Bom, o lugar é um mix de parque, castelo e museu... bem interessante o passeio por lá. Há um palácio renascentistas de 1757, que pertenceu a  Elisabeth Friederike Sophie, a Duquesa de Württemberg - foi a única filha de Margrave (uma espécie de Conde ou Marquês) Friedrich  e Guilhermina (personagens importantes da história de Bayreuth e região) e ela o usou como segunda residência de verão. O Palácio, suas obras de artes e seus jardins estiveram no poder dos descendentes da Duquesa Elisabeth até 1882, quando o Duque Pilhip decide vendê-lo a um senhor feudal.  A residência passou por vários proprietários, até que em 1929, novamente em mãos aristocráticas,  de Edmund Fürst von Wrede e sua mulher argentina e muito rica, Edda, ela o embeleza e o aumenta. Porém no período do Terceiro Reich se tornou "compulsão voluntária" e Edmund teve que vender sua propriedade, junto com todo o mobiliário por um preço ridiculamente baixo para a administração imperial dos professores nazistas. A família se retirou para a Argentina. Em 1945, as forças americanas vindas de Bamberg , tomaram o que restou do Palácio que já havia sido completamente saqueado e o usaram como hospital. Com o fim da guerra a  Cruz Vermelha da Baviera alugou o prédio e o transformou em  hospital de tuberculosos. Já na década de noventa o Estado da Baviera, de acordo com os planos da Administração dos Palácios da Baviera transformou toda a área em Museu.

O resultado desta história toda foi um palácio magnífico, com um jardim agradabilíssimo, com lagos, vegetação e flores diversificadas, um paisagismo lindo e coisas intrigantes: como algumas tumbas ou homenagens a personagens históricos, no meio dos jardins!








domingo, 21 de agosto de 2011

Brasileiros por todas as partes!

 Bons momentos dos Brasucas no exterior!

Onde há brasileiros há festas! E digo mais: não importa o improviso, sempre encontramos um jeito de fazer feijoada!
Todo mundo longe de casa há algum tempo, brasileiros de todas as partes e amigos estrangeiros que sentem carinho pelo Brasil, alguém conseguiu trazer feijão até Bayreuth (Alemanha), acho que foi o Marcos e pronto: vamos à FEIJOADA!!! 
Na terra do porquinho, impossível não encontrar os outros ingredientes ou similares. O mais difícil mesmo foi a FAROFA, mas conseguimos improvisar com uma farinha de mandioca, importada do Brasil e vendida em Portugal, trazida por uma portuguesa, Mafalda. 
Para fechar com chave de ouro e tentar matar um pouquinho das saudades das terras distantes, nossa amiga Anna, carioca autêntica e como deve ser a responsável pela feijoada ainda conseguiu seu keller com um karaokê e quanto ao músico, tínhamos Rodrigo na turma de amigos. Tudo isto igual a festa, amigos e boas risadas! O verdadeiro espírito brasileiro! :)


P.S: Depois de publicar este post, minha amiga Anna, a super chefe aí da foto, me lembrou de uma coisa super importante: na Alemanha não encontramos (e eu desconfio que não há) couve... bom, aí na foto parece haver couve, não é mesmo? Porém, não é... é espinafre disfarçado... preparado como couve, se não existe por aqui, temos que improvisar dentro do possível. É claro! ;)


Obs: A Anna me disse que não conseguiu enviar o comentário ao blog, outras pessoas já me avisaram sobre isto, mas é algo que eu não sei como resolver, não parece estar ao meu alcance, me parece ser problema do Blogger mesmo... às vezes...

domingo, 20 de março de 2011

Cervejas na Alemanha

Bom, acho que é conhecimento comum que a Alemanha é a terra da boa cerveja. Existem centenas de tipos de cervejas, em milhares de cervejarias e micro-cervejarias espalhadas por todo o país. A cultura cervejística está enraizada neste povo, que traz o pão líquido como parte comum de seu dia-a-dia.

Como em vários outros aspectos, no tocante à cerveja, a Alemanha também é bastante heterogênea. No norte e no oeste, a produção e consumo são mais centralizados. Marcas como Krombacher, Warsteiner, Bitburger e Beck's podem ser facilmente encontradas em todas as cidades, mas sempre contracenando com as clássicas cervejarias de cada cidade (vamos falar sobre isso mais pra frente). Estas cervejas são as mais populares, com suas versões clássicas (lager ou pilsener) quase parecidas com as cervejas brasileiras.

Já o sul, principalmente a Baviera, é um caso a parte. Cada cidade tem várias cervejarias e micro-cervejarias e, como suas produções não são muito grandes, dificilmente você encontra as cervejas se não for na própria cidade. É tipicamente bávara a cerveja de trigo, como Paulaner, HB e Franziskaner, de München, e a Maisel, aqui de Bayreuth.



Por sinal, foi na Baviera (ou mais precisamente na cidade de Ingolstadt, próxima a München) que nasceu uma das grandes responsáveis pela qualidade e fama das cervejas alemãs: a Reinheitsgebot. Na tradução literal, "ordem de pureza".

Essa Lei de Pureza da Cerveja foi instituída pelo duque Guilherme IV da Baviera, no final do século XV, em uma tentativa de evitar uma competição entre produtores de cerveja e produtores de pães pelos grãos produzidos, principalmente o trigo e o centeio. Pela lei, os únicos ingredientes que poderiam estar presentes na cerveja eram água, cevada e lúpulo, deixando os demais grãos para a produção de pães, e evitando que o preço dos produtos finais fosse afetado pela disputa. Cervejas que não fossem produzidas dentro da lei eram confiscadas sem compensação.

A lei data de 1487, e foi oficialmente instituída em 1516. Claro que, de início, os produtores foram contrários. Porém, com o tempo, a lei foi aceita, e se tornou uma garantia da qualidade dos ingredientes utilizados na produção. Posteriormente, passou-se a utilizar novamente o trigo também. Em 1906, se estendeu para toda a Alemanha.

Apesar de hoje essa ordem não ter mais força de lei, a maioria dos produtores ainda a seguem, e é motivo de orgulho (e marketing). Vê-se estampado nos rótulos de cerveja até hoje a frase: 'Gebraut nach dem Bayerischen Reinheitsgebot von 1516'.

Logo mais vou falar das cervejarias regionais clássicas de cidades na Alemanha e na Baviera, e seus tipos característicos. Espero que gostem. Ponham mais cerveja na geladeira (ou na sacada, se você estiver no inverno alemão) e aguardem! Ah, e comentem, né... Prost!

domingo, 6 de março de 2011

Ein Prost!

Olá, pessoal!

Só para movimentar o blog um pouquinho neste sábado de carnaval, aviso que estou preparando uma séris de posts sobre algo que posso versar com certa propriedade: Cerveja!

Vou tentar falar um pouco sobre diferentes aspectos: Como funciona uma cervejaria por aqui, tipos de cerveja, cidades e suas cervejas típicas, Kneipekultur, museus de cerveja, copos, artigos colecionáveis, etc... em breve.

Só pra dar água na boca...

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Tierpark Röhrensee - Cantinhos de Bayreuth

Este é um dos lugares mais charmosos da cidade em que vivemos. O "Röhrensee" é uma mistura de parque com zoológico. É utilizado pelas famílias para passarem uma tarde no solzinho (quando ele aparece, claro), caminhadas, corridas, tomar ar puro e ver os animais.
Nós fomos dar umas caminhadas por lá (caminhadas turísticas claro, não fazer exercícios) o lugar tem uma áurea muito tranquila, com cara de momento de relaxar e prazer, espaço para as crianças brincarem com um parquinho e claro: os animais. É todo uma graça! 
A história diz que no começo eram dois lagos que foram transformados em único. A forma que o parque tem hoje é a mesma desde 1891. 


O que mais me agrada além dos bichinhos - que você tem que prestar atenção para saber que estão presos - é que uns amigos me contaram que no inverno o Lago congela e as pessoas vão até lá para patinar! Estou louca para ver isto!
O Röhrensee, para quem conhece, me lembra muito o Parque Ecológico de Floripa, porém, melhor cuidado e só com jacaré de concreto, nós temos os de verdade. Hehehe!





Bichinho maluco que vimos por lá...

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Kaiserburg ou Castelo Imperial - Nuremberg

Era costume do povo germânico na Europa medieval, a criação de um castelo ao qual ao seu redor se estabelecia uma cidade (por este motivo a Alemanha hoje possui MUITOS castelos para visitar-se), assim foi com  Nürnberg.  



Nürnberg foi o lugar onde Reichstag - Parlamento ou Congresso - reuniu-se até 1543. Foi também a capital não oficial do Sacro Império Romano, que começou quando o Papa da Igreja Católica Romana coroa o primeiro imperador, no dia de Natal, no ano 800 d.C, era o alemão chamado Frank, a maior parte do mundo, o conhece como Carlos Magno, mas ele sempre foi conhecido como Karl der Grosse pelos alemães. Ele foi escolhido como o Imperador pelo Papa, porque ele era católico numa época em que haviam várias outras seitas cristãs na Europa.

O Castelo Imperial tem grande importância histórica, porque foi nele, que entre 1050 e 1571  todos os Kaisers e reis do Sacro Império Romano residiram. 
O Kaiserburg foi fundado oficialmente no século XI como residência do Kaiser (Imperador) Heinrich III, embora hoje estudiosos afirmem que já haviam pessoas estaladas ai desde o ano 1000, embora ainda não se tenha encontrado nenhum documento físico. Em 1332, Nürnberg foi declarada uma cidade imperial, ou um estado, cidade, pelo Rei Ludwig da Baviera, que manteve uma cidade imperial livre, com o seu governo local respondendo apenas ao rei, até 1806, quando foi incorporada no Reino da Baviera, atualmente estado alemão da Baviera, depois da conquista de Napoleão.


A construção costuma ser dividida em três seções: o castelo imperial (Kaiserburg), alguns edifícios da burgraves de Nuremberg ("Burggrafenburg"), e os edifícios municipais da Cidade Imperial , na posição Leste ("Reichsstädtische Bauten").




No século 13, quando Nuremberg tornou-se uma Cidade Livre Imperial , o castelo passou novamente por modificações de todas alterações deste período, a que se destaca é a torre Luginsland, iniciada em 1377.



No pátio do Palácio Imperial, há uma torre redonda "Sinwellturn", do século XII que abriga o poço do castelo "Tiefe Brunnen". Vale uma subida a Torre. Comprando o ticket para o Museu do Castelo e para o Castelo ele também dá acesso a torre de onde se tem uma vista linda da cidade! Pena que neste momento ficamos sem bateria! Acidentes de percurso... mas a vista que se tem da colina do Castelo também é linda. 
O Museu que há dentro do Castelo não vale a pena se você já visitou outros museus na Alemanha de Memória da Tortura ou Museus do Período Medieval, ele é exatamente como os outros e um pouco mais "mixuruca", mas se não visitou nada parecido ainda, vale a pena para completar a rota da história germânica oferecida pela cidade.




Na Segunda Guerra Mundial, o castelo foi danificado em 1944-45, com apenas a capela romana e a Torre Sinwell restaram inteiramente intactas. Após a guerra, o castelo foi restaurado sob a direcção de Rudolf Esterer Lincke e Júlio para a sua forma histórica, incluindo a torre Luginsland que tinha sido completamente destruída. As adições do século XIX foi parcialmente removida em 1934-1935.
Hoje, os edifícios municipais leste do castelo ("Kaiserstallung" e "Luginsland") são utilizados como um albergue da juventude.







segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Lorenzer Platz - Nuremberg

Nesta Praça você poderá encontrar o tradicional Mercadinho alemão, onde você vai perder algum tempo com as lindas barraquinhas de flores, deliciosos petiscos (e às vezes gordurosos), artesanatos, bugigangas antigas e souvenirs da cidade. A rua está sempre cheia de locais e turistas. 


Diante da Igreja, além das muitas barraquinhas, você também encontrará a Fonte das Virtudes, Tugendbrunnen (1528), cujas águas banham bustos das sete virtudes. Dizem que tocá-las traz sorte! (Novidade?) 
É um bom lugar também para parar, descansar e fazer um lanchinho ou comer as tradicionais salsichas de Nuremberg com pão,  os famosos WURST!

domingo, 10 de outubro de 2010

Heilig-Geist-Spita

O Heilig-Geist-Spital (Hospital Espírito Santo), em Nuremberg, tem quase 700 anos de história. Foi fundado oficialmente em 1332 junto a "Capela de Todos os Santos" é um dos maiores hospitais da Idade Média, projetado inicialmente para 200 leitos por Konrad Gross. O hospital era muito pequeno e foi construído sobre o Rio Pegnnitz, no inicio privilegio dos mais ricos de Nuremberg. Acabou se tornando um dos maiores hospitais da Cidade Imperial e servindo a população e vivendo de doações.





A segunda parte do hospital, que tem uma vista privilegiada para o Rio Pegnitz, foi construída especialmente para os leprosos que naquela época ficavam separados do restante dos doentes. 
O Hospital viveu durante muito tempo de doações, algumas inclusive muito interessantes, porém a maior delas foi no século XIV  por Valzner Herdegen, um primo distante de Konrad Gross. Hoje há uma sala decorada com suas sepulturas visitada pelos turistas.


Após a aquisição do Partido Nazista  o prédio recebeu um caráter arquitetônico reforçado, projetado por Julius Lincke e os traços do historicismo foram removidos. Depois da Igreja do Espírito Santo ter sido destruída na Segunda Guerra Mundial, não foi mais reconstruída, em contraste com os edifícios da sua época. As outras partes do edifício também foram severamente destruída  em 1945 por um bombardeio. O hospital foi totalmente demolido, apenas os arcos sobre o rio Pegnitz e os restos das paredes exteriores permaneceram. A reconstrução foi de 1951-53, novamente sobre os cuidados de Julius Lincke, que conduziu desde 1937, a conservação de Nuremberg. 
Atualmente o local funciona como uma casa de repouso para idosos e conta com um restaurante.  Mas o que importa é que a vista linda e está bem no centro do caminho para os principais pontos turísticos da cidade, impossível não parar para uma foto.



sábado, 9 de outubro de 2010

Muralhas de Nuremberg e Frauentor

A cidade de Nuremberg - assim como a maioria das cidades da Idade Média por aqui -  era completamente protegida por Muralhas e contava com 14 grandes portões distribuídos por pontos diferentes ao redor do povoado, tinham o objetivo de vigiar e alertar contra possíveis ataques principalmente de canhões. 
A cidade é circundada pelas Muralhas e cortada pelo Rio Pegnitz dividindo a cidade entre parte sul, também, chamada de Lorenzer Seiter, e parte norte. 

Um dos portões da Muralha que merece destaque fica na parte sul da cidade, o Frauentor. Logo ao sair da Estação Central de Trem, você se deparará com ele e sua imponência, com cerca de 40 metros de altura e no outro lado da rua você também verá a Central de Atendimento ao turista. 

O grande portão da cidade velha juntamente com a imensa muralha foi construído nos séculos XV e XVI. Ao lado do imenso portão há uma Torre alta, Dicker Tur que foi erguida no século XV e ao lado até o século XIX, havia um lindo porto que foi destruído.  Passando pelo portão você vai encontrar lindas casas de madeirame e muitas lojas e cafés construídas pós-guerra.
Vale lembrar que muitos monumentos da região foram cuidadosamente reconstruídos após os bombardeios da Segunda Guerra Mundial. 

Derrik, Kelly (nossos parceiros de viagem) Lorenço

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