Nós fomos a Paris psicologicamente preparados para andar, andar, andar muito. Tínhamos uma lista de atrações e pontos turísticos de interesse, mas claro que três dias seriam poucos, então, tivemos que traçar um trajeto com nossas prioridades em nossa primeira estadia na França, calcular tempo extra para encontrar uma grande amiga lá e tempo para os imprevisto e o que por acaso encontraríamos no caminho (o que normalmente são as melhores surpresas e momentos).
Decidimos por caminhar não só por uma questão econômica, mas porque todas a orientações de quem já esteve lá e os blogs de viagens que lemos, revistas, etc., nos diziam que a melhor maneira de conhecer Paris é caminhando. Eu concordo com esta sugestão, não apenas para Paris, mas para todos os lugares em que a ideia de caminhar seja razoável, porque desta maneira você sente a cidade, vê as pessoas na correria do seu dia-a-dia, esbarra nelas, descobre recantos interessantes e pode se encantar e desvendar coisas que não estão em nenhum guia de viagem. Ter um olhar diferenciado da paisagem, para mim é ai que mora a riqueza das viagens.
Bom, levando isto em consideração, antes de sairmos do hotel traçamos um caminho e a próxima parada após a Basillique du Sacré-Croeur seria o segundo ponto turístico mais famoso de Paris (lógico, após a Dama de Ferro), L’Arc de Triomphe.
De todos os Arcos de Vitórias, espalhados pelo mudo, talvez este seja o mais popular, por vários razões: pelas vitórias e memórias que ele simboliza e estão estampadas em sua arquitetura, por estar em Paris, ou ainda, por estar no final da avenida parisiense, a Champs-Élysées, mais famosa de Paris, senão do mundo, sendo ele o ponto de partida das cerimônias mais importantes que ocorrem na França.
A verdade é que o “Arco do Trinfo” (Arc de Triomphe), não é nenhuma ideia super original de Napoleão, pelo contrario, os arcos foram introduzido pela arquitetura romana, originalmente de madeira, utilizado como um símbolo da vitória em uma determinada batalha. Cada arco do triunfo romano, portanto, remete-se a uma batalha e a um imperador específicos na história romana e sua memória era celebrada através desta construção.
Não muitos arcos do triunfo da Antigüidade sobreviveram, mas durante a Idade Moderna, principalmente com o Neoclassicismo, eles foram usados como modelo para a construção de novos monumentos urbanos.
O fato é que Napoleão Bonaparte não era só culto e de mente brilhantemente estrategista, mas também era um “pouco” egocêntrico(características de todos os lideres, vamos combinar? Se não, que graça teria ser líder, não é ?). Empolgado após uma esmagadora vitória, o imperador francês Napoleão Bonaparte prometeu: “vocês voltarão sob arcos triunfais”. Essa frase, dita por Napoleão aos seus soldados em 1805, foi a chave para a construção de um dos cartões-postais de Paris.
Napoleão proferiu essas palavras logo depois da vitória do exército da França sobre as tropas aliadas de Rússia e Áustria na Batalha de Austerlitz – na época uma cidade da Moravia e que hoje se chama Slavkov, no sul da República Tcheca - mas a imagem mais marcante que nos tempos modernos temos na memória, com certeza, são as tropas alemães na Segunda Guerra marchando em sua direção.
O Arco do Triunfo, de Paris, também chamado de Arco da Etoile (estrela) - o nome Etoile advém-lhe do fato de se situar no cruzamento de várias avenidas em forma de estrela, dominando pela sua monumentalidade todo o eixo constituído pelos Champs-Élysées, localizado na praça de Charles de Gaulle – É um monumento a todo o império napoleônico, no ponto mais alto da avenida , sendo o maior de todos, muito maior que o modelo do arco de Tito em Roma, tendo 50 metros de altura e 44 de largura.
Foi projetado por Chalgrin em 1806 e inaugurado em 1836, 15 anos após a morte do imperador. É considerado a obra-prima da arquitetura neoclássica, quer pela fidelidade às formas antigas quer pela concepção urbanística de grandiosidade que lhe está subjacente, uma maravilha para os arquitetos e artistas.
O arco é composto por quatro grandes pilares que proporcionam a passagem através de duas entradas frontais maiores e duas laterais menores que servem como passadiços. Os pilares apresentam cada um ao centro um grupo escultórico. É decorado com cenas das grandes campanhas napoleônicas eternizadas com o nome de 128 delas e o nome de 558 generais. Uma cornija a toda a volta decorada com coroas remata todo o conjunto. Em 1921, foi inaugurado lá o Túmulo do Solado Desconhecido, ao soldado desconhecido morto na Primeira Guerra, para lembrar os 1,5 milhões de soldados mortos no conflito.
Desde 1923, todos os dias às 18h30, mesmo durante a Segunda Guerra, a Chama da Lembrança é reacesa. Mais de 800 associações de veteranos cuidam dessas cerimônias.
Ai vai a dica: para chegar embaixo do Arco, vá pelo túnel assim que o ver na Champs-Élysées, porque se quiser cruzar a avenida, há apenas uma faixa e para chegar nela você terá que contornar o Arco, você vai precisar caminhar muito. Hehehe! Ele realmente é enorme!
Em seu interior, maquetes, documentos e desenhos de sua construção estão guardados em um museu.
No topo do arco há um terraço, de onde se obtém uma vista mais do que privilegiada de Paris.
Bora Day! Quero ler sobre nossas aventuras. Advinha com que coisa sonhei...heheh descobriu?
ResponderExcluirTati
Bah, Tati! Nós temos tempo, temos tempo, mas no final das contas não dá tempo! Tá devagar, né? Preciso de tempo para digerir tantas coisas lindas que vi e aprendi...
ResponderExcluirMas chego lá!
Huauahauhauhau!
Com o que vc sonhou? COLUNAS??? Vou pedir para vc e o Laranja escreverem um post sobre Roma somente sobre as Colunas... hihihihi.
ResponderExcluirOi Day
ResponderExcluirEu sempre a atrasada agora que vi suas fotos...hehehe Fiquei bem contente por você e pelo o Lourenço.
Ainda me lembro daquele carnaval que fiquei no ap dele...risos...O mocinho da época sumiu, mas eu sobrevivi...risos
Estou namorando um Urussanguense..veja só que ironia do destino essa...risos Logo eu que não queria namorar ninguém da terrinha...risos
Beijos com muitas saudades.
Angela