terça-feira, 23 de novembro de 2010

Paris - Interior do Château de Versailles - Aposento do Rei I

Eu não lembro quantas horas ficamos dentro do Versailles, mas ficamos muito tempo lá (mesmo sentindo que estávamos fazendo as coisas rápido demais). 
Bom, este é um  dos corredores que apenas faz a ligação de um espaço a outro, mas nem por isto simples... na foto está iluminado apenas por luz natural, e repleto de personalidades da França, cada estátua representa um francês importante para qualquer aspecto da história: generais, cientistas, escritoresm pintores, filosofos, etc...


         "Aposento do Rei"

Bom, o "Aposento do Rei", embora passe esta ideia de unidade, não sginifica ser um cômodo, ele possuia um conjunto grandioso de salas, modificadas por cada rei e cada vez mais embelezadas.



A Sala de Hércules

O primeiro cômodo do "Aponseto do Rei", é o  Salão de Hércules (que já colocamos uma foto no post anterior), do reinado de Luís XIV. Desde 1682, a capela do castelo ocupou dois andares e foi usada assim até 1710, quando foi substituída pelo atual capela, sobrando este espaço. 
Para decorar o quarto novo, foi colocado lá em 1712 a monumental pintura de Veronese, a refeição em Simon, pintado para o refeitório do convento dos Servos de Veneza em 1570. 
Interrompidas as obras por dez anos, pela morte do "Rei Sol",  os trabalhos no salão Hércules duraram até 1736, quando François Lemoine terminou a pintura do teto que representa a apoteose de Hércules, representando que a "Virtude eleva o homem acima de si mesmo. " Com efeito, esta grande composição alegórica, empregando 142 pessoas, vai rivalizar com as obras dos pintores de afrescos italianos, mas ela foi realizada em telas montadas, isto é, preso no suporte, diferente do trabalho dos italianos da época. O trabalho foi tão desgastante que o jovem pintor, apesar do sucesso comercial de sua obra, cometeu suicídio pouco depois.

O Salão da Abundância


A sala da abundância era o lugar para bebidas, buffet e café eram oferecidos, vinhos e licores. Foi também o hall de entrada do gabinete de curiosidades e raridades de Luís XIV (agora ocupado pelo salão para os Jogos de Luís XVI) era acessado pela porta dos fundos. O rei gostava de mostrar seus vasos distintos  de prata, jóias e medalhas aos convidados que foram mantidos e que inspirou a decoração da abóbada.

 
O Salão de Vênus

Este salão foi o principal acesso à Casa Grande,  a partir da escadaria.
Chamada "Escada dos Embaixadores" (destruída em 1752) terminou ali. Como todas as peças levam o nome de um planeta, um tema relacionado ao mito solar que inspirou a decoração do Versalhes, na década de 1670. Vênus é representado pelo teto sob o disfarce da Deusa do Amor, que em grego antigo, era associado a este planeta. Outras composições pintada, que adornam as conseqüências do arco arcos, representando as ações de heróis antigos relacionados com a localização do planeta e as ações de Luís XIV.
De todo o segmento, o Salão Vênus apresenta a decoração mais barroca. 
 

 

domingo, 21 de novembro de 2010

Paris - Château de Versailles - Palácio de Versalhes - Interior

Versailles é lindo por dentro e por fora, sem dúvida, com seu castelo, o jardim do Rei, o parque de cerca de 1000 hectares e a área do Trianon de Marie Antoinette, estão entre as mais belas jóias da França que a história legou ao património artístico universal. 
É impossível descrever, precisa-se ver! Admirar, admirar e admirar! Sempre lamento-me, quando piso em um lugar deste, por não entender de arte e arquitetura como deveria em respeito as obras,  mas fico tão feliz de aprender na realidade. 
Bom, como já disse, o Castelo é gigantesco com seus milhares de aposentos. Vamos falar e citar aqui alguns que merecem destaque, que me lembro (hehehe), ou que registrei... todos esplendorosos. 
Imagin-se andando pelos corredores do castelo com seu guia de áudio na mão direita, segurando-o próximo ao ouvido, com a câmera na mão esquerda e milhares de turistas te atropelando... ficar parada lá dentro é praticamente impossível. Você não quer perder nenhum detalhe do áudio, ainda quer admirar a beleza, pensar sobre ela e fotografá-la: praticamente impossível! Em alguns raros momentos possível, porém, na maioria das vezes você terá que escolher a sua prioridade para aquele salão: fotografar, admirar, analisar, ouvir o aúdio ou simplesmente manter-se vivo sem deixar nada cair... kkkk!
O verão para algumas partes da Europa é sempre caótico para fazer-se turismo, porém, alguns monumentos sempre serão: entre eles Versailles. 



A(s) Capela(s) de Versailles

Um aspecto curioso da história de Versailles é a sucessão de construções de Capelas durante o reinado de Luis XIV, que adorava arquitetura religiosa e durante so período que ele esteve no poder, o castelo ganhou 5 capelas em períodos diferentes uma substituindo a outra. Até chegarmos na atual (que é utilizada atualmente para concertos de câmeras, embora re-consagrada).
A capela final do Palácio de Versalhes é uma obra-prima. Com inicio em 1689, a construção foi suspensa devido à Guerra da Liga de Augsburgo; Jules Hardouin-Mansart retomou a construção em 1699, continuando a trabalhar no projecto até à sua morte em 1708, após sua morte sua construção foi continuada e concluida pelo seu cunhado, Robert de Cotte.
A decoração da capela refere-se ao Velho e ao Novo Testamento: o teco da nave representa "Deus Pai em sua Glória trazendo ao Mundo a promessa da Redenção” e foi pintado por Antoine Coypel. A meia-cúpula da abside foi decorada com "A Ressurreição de Cristo" por Charles de LaFosse e, por cima da tribuna Real está "A Descida do Espírito Santo frente à Virgem e aos Apóstolos”, por Jean Jouvenet.

Durante o século XVIII, a capela testemunhou muitos eventos da Corte. Foram cantados Te Deums para celebrar vitórias militares e o nascimento de filhos dos Reis, também foram celebrados casamentos na capela, tal como o casamento do Delfim — mais tarde Luís XVI — com Maria Antonieta em 1770.

 






segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Paris - Château de Versailles - Palácio de Versalhes



O segundo dia para mim era o mais esperado. Nem podia acreditar que eu iria estar lá, queria entrar e ver como os "olhinhos que um dia esta terra há de comer" a Galeria dos Espelhos! 
Acordamos cedo porque ainda não tínhamos informações concretas de como chegar no Palácio de Versalhes, sabíamos que fica no que os franceses chamam de "subúrbios de Paris" (não sei o peso disto), e que tínhamos que pegar metrô e trem, em um total de cerca de 1h00 de viagem e mais a fila para entrar.  
A ida para lá foi tranquila, demos azar porque o metrô estava em reforma e tivemos que fazer parte de metrô e parte de ônibus ainda dentro de Paris para chegar a estação de trem, mas resolvido pela própria empresa. Na estação de trem não há informações em placas ou mapas, mas há uma moça francesa gritando: "- Para o Château de Versailles!Aqui!" em francês e inglês e além disto: siga os chineses em formação tartaruga com suas super cameras. Eles com certeza estão indo para lá! Pagamos no total uns 4 euros de passagens ida e volta ao centro de Paris.
Seguimos a orientação de viajantes mais experientes e compramos os ingressos pelo site oficial do Château de Versailles para amenizar o tempo de fila. O problema foi enteder o site (o problemas não foram as línguas), não fica muito claro qual comprar para dar acesso ao Castelo e aos Jardins e eu estava morrendo de medo de comprar o mais simples, o mais barato e não entrar em parte, queria muito aproveitar TUDO!!
 Bom, compramos o que entedemos ser o que dava direito aos Jardins e ao Palacio (18 euros), não queriamos pagar por engano outros que davam acessos aos show de verão dos Jardins porque não ficariamos para ver., pois, normalmente são no fnal do dia. No final das contas, poderiamos ter comprado qualquer um, - o mais barato inclusive - porque apenas mostramos o ingresso na entrada e depois disto tivemos passe livre em todos os lugares e ninguém nos pediu nada, ninguem cobrou nada, assim como não cobraram nada de ninguém mais que estava ali. Ficamos morrendo de raiva! Podíamos ter economizado uns 16 euros, mas tudo bem, dos males o menor! Entramos e aproveitamos tudo.
Curtimos demais! Claro dentro das limitações, pois, são mutos turistas, muito empurra, empurra e uma Torre de Babel!
Passando pelas catracas da entrada que dá acesso ao Palácio todo, você será encaminhando para o lugar onde se quiser, poderá comprar um guia de áudio e "se perder" pelo Palácio. Você pode fazer o tour em uma hora ou em um dia inteiro, são "apenas" 2.153 janelas, 67 escadas, 352 chaminés, 700 quartos, 1.250 lareiras e 700 hectares de parque.(é considerado um dos maiores do mundo)...

Cada ambiente é  uma obra de arte da macaneta ao teto, aos móveis, ao chão, é incrivel tantos detalhes, tanta arte, tanta história em único lugar! Nem todos os ambientes do Palácio estão abertos ao público.( se estivessem você precisaria de meses!) Para quem gosta de arte é um prato cheio. É tão cheio que você sair de lá visualmente cansado e com tantas informações que precisará de um tempo para processar, nada melhor do que depois da visita ao Palácio dar uma longa caminhada sem pressa pelos Jardins de Versailles ou sentar em um gramado, fazer um pique-nique, digerir...


História do Château de Versailles (rapidamente)
 O Palácio de Versalhes foi durante muito tempo a sede de poder da França, atualmente é  o Museu da História da França.
Classificado há 30 anos como Patrimonio Mundial da Humanidade, o Palácio de Versailles é uma das melhores realizações da arte francesa no século XVII. O antigo alojamento de caça de Luís XIII foi convertida e ampliado por seu filho Luís XIV, que instalou a corte e o governo da França em 1682. A cidade que foi edificada em torno do Castelo oferece numerosos testemunhos deste pasado rico (igrejas, hotéis, praças e ruas antigas). 

Até a Revolução Francesa,em 1789, os reis se sucederam, revezam-se embelezando o castelo. Um trabalho genial! Em 1837, o rei Luís Filipe inaugura no Castelo o Museu consagrado a "Todas as glorias da França". 



quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Paris - Champ de Mars, École Militaire e Hôtel National des Invalides

Champ de Mars

Saindo ou melhor, dentro, fazendo parte, não sei bem como os franceses separam, o Champ de Mars e a Torre Eiffel.  Bom, saindo da torre você está no "Campo de Marte" que é uma das maiores áreas verdes de Paris (o que significa que Paris não tem muitas áreas verdes atualmente, ao meu ver...) O "Campo de Marte"  teria este nome em homenagem ao deus Marte (deus romano da guerra). A esplanada é conhecida deste o século XVI como uma área verde de muitos pomares e vinhedos.  Já no século XVIII, o exército francês a utilizara como campo de treinamento, devido à sua grande extensão, que poderia abrigar facilmente dez mil homens prontos para o combate. Nesse período, fora cercado por grandes barras de ferro forjado.
Desde 1790 até os dias atuais é utilizado para grandes comemorações, quando pela primeira vez, Talleyrand, então bispo de Autun, organizara o  grande Festival Nacional da França, de 14 de julho, celebrado anualmente em comemoração da Tomada da Bastilha (evento central da Revolução Francesa) . Esse festival, chamado Festa da Federação, reuniu trinta mil espectadores, que da tribuna instalada em frente à Academia Militar, assistiram a uma cerimônia grandiosa orquestrada por 300 padres e a um coral composto por centenas de crianças. No dia 17 de julho de 1791, uma multidão se juntou no Campo de Marte pedindo a assinatura de uma petição para remoção do rei Louise XVL. Sobre a ordem de Marquis de la Fayette a guarda nacional abriu fogo contra a multidão matando 50 pessoas. isso ficou conhecido como "o massacre do Campo de Marte".


École Militaire - Escola Militar

Saindo do Camp de Mars pelo sudoeste, você vai se deparar com a "École Militaire". Já que o Campo de Marte foi uma doação a Paris do exécito francês em 1889. A Escola Militar é um vasto complexo de instalações de treinamento militar, foi fundada por Luís XV em 1750, com base numa proposta do financiador Joseph Pâris (conhecidas como Duverney) com o apoio da Madame de Pompadour. O objetivo era criar um colégio para treinar oficiais vindos de famílias pobres.   Sua Cúpula da Escola Militar com a Torre Eiffel no fundo é uma combinação arquitetônica de estilos e épocas diferentes que produzem contraste visual maravilhoso.  A escola foi projetada por Ange-Jacques Gabriel e a construção começou em 1752, mas a escola não foi aberta até 1760. O Conde de Saint-Germain reorganizou o projeto em 1777, sob o nome de École des-cadetes gentilshommes (Escola de Jovens Cavalheiros), que aceitou o jovem Napoleão Bonaparte, em 1784. Napoleão se formou em apenas um ano, em vez de dois e era um dos preferidos da financiadora Madame Pompadour.



Hôtel des Invalides
Depois de passar pela "escola de guerra" em que Napoleão se preparou, fomos para o local onde está seu túmulo que é visitado por muitos admiradores do mundo inteiro.   A caminhada da École Militaire até o Hôtel National (Palácio dos Inválidos) dura cerca de 30 minutos - caminhando sem pressa e curtindo o visual das ruas parisienes. O Palácio dos Inválidos é um enorme monumento parisiense, cuja construção foi ordenada por Luís XIV, em 1670, para dar abrigo aos inválidos dos seus exércitos. Hoje em dia, continua acolhendo os inválidos, mas é também uma necrópole militar e sede de vários museus. Além do sepulcro de Napoleão Bonaparte, lá você também poderá ver o coração de Sébastien Le Prestre de Vauban, ilustre arquiteto militar francês, o qual criou, na época de Luis XIV, uma série de fortificações militares ao reino, tornando-o impenetrável.


Claro, que depois de tanto andar neste dia... meus "pezinhos" ou "pezinhos de  dragão", como diria carinhosamente minha amiga Elaine, não poderiam ter acabado diferente... e depois disto, só um banho e uma "Quiche Lorraine" no hotel para compensar, seguida de uma boa noite de sono para aproveitar o segundo dia...


quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Paris - La Tour Eiffel - Torre Eiffel - Primeiro aniversário de Casamento


 


Torre Eiffel. Indispensável qualquer apresentação, certo?  Para quem não sabe, há um site oficial com uma "cartilha" sobre toda a história da Torre e também com informações sobre o funcionamento e acesso: http://www.tour-eiffel.fr. 


Trata-se de uma construção muito, muito, muito imponente, sem dúvida e um grande monumento símbolo da arte ousada do século XIX, com um apelo universal. Em média, seis milhões de pessoas sobem anualmente até o topo da Torre (por isto se prepare: a fila é gigantesca sempre, em quaisquer condições), o que a torna o monumento pago mais visitado no mundo, sem contar o número de pessoas que a vêem e não tomam o elevador e aqueles que a conhecem sem jamais tê-la visto de perto, apenas em fotografias ou nos tantos filmes que a eternizam.


Diferente de outros monumentos famosos pelo mundo, a Torre Eiffel, se adapta sempre ao seu tempo, pela mudança das cores, que já foram 6, pela decoração, iluminação, efeitos especiais em datas comemorativas.  É um monumento histórico sempre moderno. 


Localizada no Champ de Mars, em Paris, se tornou um ícone mundial da França . A Torre Eiffel é o edifício mais alto de Paris (não incluindo as antenas de transmissão, a Torre é a segunda estrutura mais alta da França, atrás apenas do Viaduto de Millau, concluído em 2004) e foi até 1930 o mais alto do mundo, quando perdeu o posto para o Chrysler Building. Nomeada em homenagem ao seu projetista, o engenheiro Gustave Eiffel, a torre foi construída como o arco de entrada da Exposição Universal de 1889, tendo seu projeto selecionado através de um concurso público de design arquitetônico promovido pelo Governo da França para esta exposição. Aliás, parece que os franceses gostam disto, alguns monumentos que visitamos foram construídos através de seleção de concurso público . 
O fato é que a Torre é linda durante o dia, mas o jogo de iluminação que sempre é variável também é incrível. 
Uma dica para os que tiverem mais tempo em Paris e quiserem uma atividade a la francesa ou ainda curtir um momento romântico: vá para a Champ de Mars um pouco antes do horário do pôr-do-sol, veja a Torre com a luz do dia, ao entardecer e também acendendo-se, a cada  hora cheia ela tem efeitos de luzes especiais que duram uns 3 minutos, para isto, leve uma toalha ou uma ganga, passe em algum um supermercado e compres deliciosos queijos franceses, outros frios a seu gosto e acompanhe com um delicioso vinho ou um champagne! Você terá com certeza um final de dia agradabilíssimo!  No nosso caso foi ainda mais especial, estávamos comemorando um ano de casamento. 




Dados Construtivos da Torre Eiffel


A Torre tem 300 metros de altura. Somando-se a extensão da antena, a altura total da Torre é de 320,75 metros. Seu peso total é de sete mil toneladas, incluindo 40 toneladas de tinta. Possui 15 mil peças de aço e 1652 degraus até o topo. Felizmente, um sistema de elevadores também foi instalado.
A Torre possui três plataformas e nos seus detalhes há nomes de setenta e dois cientistas, engenheiros e outros franceses notáveis que estão gravados em reconhecimento a suas contribuições, porém, estas gravações foram cobertas de tinta no começo do século XX, e restauradas em 1986-1987 pela Société Nouvelle d'exploitation de la Tour Eiffel, uma companhia contratada para negócios relacionados à Torre. Do topo, o ponto mais alto de Paris, tem-se uma vista panorâmica da cidade. De tirar o fôlego quando existem poucas nuvens. 


quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Paris - Arc de Triomphe de l'Étoile - Arco do Triunfo

Nós fomos a Paris psicologicamente preparados para andar, andar, andar muito. Tínhamos uma lista de atrações e pontos turísticos de interesse, mas claro que três dias seriam poucos,  então, tivemos que traçar um trajeto  com nossas  prioridades em nossa primeira estadia na França, calcular tempo extra para encontrar uma grande amiga lá e tempo para os imprevisto e o que por acaso encontraríamos no caminho (o que normalmente são as melhores surpresas e momentos).   


Decidimos por caminhar não só por uma questão econômica, mas porque todas a orientações de quem já esteve lá e os blogs de viagens que lemos, revistas, etc., nos diziam que a melhor maneira de conhecer Paris é caminhando. Eu concordo com esta sugestão, não apenas para Paris, mas para todos os lugares em que a ideia de caminhar seja razoável, porque desta maneira você sente a cidade, vê as pessoas na correria do seu dia-a-dia,  esbarra nelas,  descobre recantos interessantes e pode se encantar e desvendar coisas que não estão em nenhum guia de viagem. Ter um olhar diferenciado da paisagem, para mim é ai que mora a riqueza das viagens.
Bom, levando isto em consideração, antes de sairmos do hotel traçamos um caminho e a próxima parada  após a Basillique du Sacré-Croeur  seria o segundo ponto turístico mais famoso de Paris (lógico, após a Dama de Ferro),  L’Arc de Triomphe

 De todos os Arcos de Vitórias, espalhados pelo mudo, talvez este seja o mais popular, por vários razões: pelas vitórias e memórias que ele simboliza e estão estampadas em sua arquitetura, por estar em Paris, ou ainda, por estar no final da avenida parisiense, a Champs-Élysées, mais famosa de Paris, senão do mundo, sendo ele o  ponto de partida das cerimônias mais importantes que ocorrem na França.
A verdade é que o “Arco do Trinfo” (Arc de Triomphe), não é nenhuma ideia super original de Napoleão, pelo contrario, os arcos foram introduzido pela arquitetura romana, originalmente de madeira, utilizado como um símbolo da vitória em uma determinada batalha. Cada arco do triunfo romano, portanto, remete-se a uma batalha e a um imperador específicos na história romana e sua memória era celebrada através desta construção.
Não muitos  arcos do triunfo da Antigüidade sobreviveram, mas durante a Idade Moderna, principalmente com o Neoclassicismo, eles foram usados como modelo para a construção de novos monumentos urbanos. 

O fato é que Napoleão Bonaparte não era só culto e de mente brilhantemente estrategista, mas também era um “pouco” egocêntrico(características de todos os lideres, vamos combinar? Se não, que graça teria ser líder, não é ?).  Empolgado após uma esmagadora vitória, o imperador francês Napoleão Bonaparte  prometeu: “vocês voltarão sob arcos triunfais”. Essa frase, dita por Napoleão aos seus soldados em 1805, foi a chave para a construção de um dos cartões-postais de Paris.
Napoleão proferiu essas palavras logo depois da vitória do exército da França sobre as tropas aliadas de Rússia e Áustria na Batalha de Austerlitz – na época uma cidade da Moravia e que hoje se chama Slavkov, no sul da República Tcheca  - mas a imagem mais marcante que nos tempos modernos temos na memória, com certeza, são as tropas alemães na Segunda Guerra marchando em sua direção.
O Arco do Triunfo, de Paris, também chamado de Arco da Etoile (estrela) -  o nome Etoile advém-lhe do fato de se situar no cruzamento de várias avenidas em forma de estrela, dominando pela sua monumentalidade todo o eixo constituído pelos Champs-Élysées, localizado na praça de Charles de Gaulle – É um monumento a todo o império napoleônico,  no ponto mais alto da avenida , sendo o maior de todos, muito maior que o modelo do arco de Tito em Roma, tendo 50 metros de altura e 44 de largura.  
  Foi projetado por Chalgrin em 1806 e inaugurado em 1836, 15 anos após a morte do imperador. É considerado a obra-prima da arquitetura neoclássica, quer pela fidelidade às formas antigas quer pela concepção urbanística de grandiosidade que lhe está subjacente, uma maravilha para os arquitetos e artistas. 
O arco é composto por quatro grandes pilares que proporcionam a passagem através de duas entradas frontais maiores e duas laterais menores que servem como passadiços. Os pilares apresentam cada um ao centro um grupo escultórico. É decorado com cenas das grandes campanhas napoleônicas eternizadas com o nome de 128 delas  e o nome de 558 generais. Uma cornija a toda a volta decorada com coroas remata todo o conjunto. Em 1921, foi inaugurado lá o Túmulo do Solado Desconhecido,  ao soldado desconhecido morto na Primeira Guerra, para lembrar os 1,5 milhões de soldados mortos no conflito.
Desde 1923, todos os dias às 18h30, mesmo durante a Segunda Guerra, a Chama da Lembrança é reacesa. Mais de 800 associações de veteranos cuidam dessas cerimônias.
Ai vai a dica: para chegar embaixo do Arco, vá pelo túnel assim que o ver na Champs-Élysées, porque  se quiser cruzar a avenida, há apenas uma faixa e para chegar nela você terá que  contornar o Arco, você vai precisar caminhar muito. Hehehe! Ele realmente é enorme!
Em seu interior, maquetes, documentos e desenhos de sua construção estão guardados em um museu. 
No topo do arco há um terraço, de onde se obtém uma vista mais do que privilegiada de Paris.


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