terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Paris - Do Rio Sena (La Seine) ao Jardim das Tulherias (Jardin des Tuileries)

Aqui vai uma sugestão de roteiro para se fazer a pé e admirar Paris. 

Quando voltamos do Castelo de Versailles, aproveirtamos os 50 minutos de volta dentro da Linha C de metrô/trem para dar uma cochilada e uma esticadinha nas pernas, porque sabíamos que andaríamos muito ainda naquele dia... porém, os artistas de rua, digo, de metrô não quiseram colaborar muito com o silêncio, mas Paris, não é Paris sem seus artistas de rua/metrô. 
Optamos por descer na Estação Invalides e ir caminhando até o Museu do Louvre

Nosso trajeto a pé fizemos os seguintes lugares: Estação Invalies - Rio Sena - Ponte Alexandre III - Grand Palais - Petit Palais - Champs Élysese - Place de la Concorde - Jardim des Tuileires - Musée du Louvre. 

Foi uma caminhada encantadora e que valeu muito a pena, o dia estava super ensolarado. Tudo muito verde.
Logo que saímos da estação de metrô já demos de cara com o Rio Sena e a Ponte Alexandre III, que nos haviam dito entre muitas pontes sobre o canal, está era uma da mais belas para se ver de perto, e é verdade.


Eu entendo a importância do Sena para a história da França e para o inconsciente coletivo de romantismo, mas confesso que não achei nada de belo no Sena, é um Rio lamacento, em que todo momento passam barcos turístico e cheira mal...  apesar disto, em um dos nossos passeios pela margem do Rio, meu marido teve o impulso de fazer algo romântico, logo que viu uma escadaria que dava acesso ao Rio: banhar nossas alianças no Sena - uma vez que estávamos lá para comemorar nosso primeiro  aniversário de casamento - o gesto foi lindo, mas o estado que as alianças voltaram e segundo ele, todo limo que grudou nelas, não foi tão lindo assim... e o "cheirinho" de esgoto nos acompanhou até o momento que conseguimos lavar as mãos. 





Atravessamos a ponte Alexandre III e fizemos várias fotos do Sena e da bela ponte. Ao passar para a Av. Winston Churchill, zona da Champs Élysées, já nos deparamos com um conjunto arquitetônico muito interessante, o Petit Palace (1900), um dos Museu de Belas Artes, ao lado do Grand Palais  des Beaux-Arts (também chamado de Grand Palais des Champs - Elysées) que foi concebido como um "Monument consacré par la République à la gloire de l’art français", servindo como lugar das manifestações oficiais da Terceira República Francesa e símbolo do gosto duma parte da sociedade da época, no estilo Beaux-Artse característico da Escola de Belas Artes de Paris. O edifício foi  destinado progressivamente a usos diversos, como centro para salões técnicos e de exposições comerciais dos setores auto-motivo, da aeronáutica, das ciências ou do desporto, convertendo-se em testemunha da evolução da arte moderna e dos avanços da civilização durante o século XX. Hoje destinado às ciências aplicadas, e as Galeries nationales du Grand Palais, desde 1964, para a exposição de colecções provenientes de museus nacionais franceses.


Caminhando pela Av.Winston Churchill caímos, no que os próprio francesas chamam de  "la plus belle avenue du monde ", com os seus cinemas, cafés, lojas de especialidades luxuosas e árvores de castanheiros-da-índia, em pleno verão. É uma das mais famosas ruas do mundo e com aluguéis que chegam a  1,1 milhão. Caminhar por sua extensão (1,9 km) sem pressa é um passeio muito agradável, onde os turistas e os parisienses se esbarram.


Em uma das pontas da Av. Champs Élysées está o Arco do Triunfo, um dos primeiros lugares sobre o qual falamos aqui e na outra ponta está a Place de la Concorde. 
Está Praça foi palco de importantes acontecimentos da História da França. Estudar a história desta Praça pode ser muito interessante para entender uma pouco mais da história geral da França, marcada por glórias até a lembrança trágica da sanguinária Revolução, com a instalação da guilhotina para a execução da Família Real, entre eles Luís XVI e Maria Antonieta.  E não há como negar, que todas estas histórias registrando-se ai deixaram um conjunto arquitetônico primordial ao longo de vários períodos da história, como suas fontes e os dois obelisco, presente do vice-rei do Egito, Méhémet Ali  à França, em 1831,com 3300 anos, foi transportado para a França em 1836, oferecido pelo Egito em reconhecimento ao papel do francês Champollion, primeiro tradutor dos hieróglifos. 



Depois de admirar o estatuário e "les hôtels" (edifícios) importantes que se podem ver a partir da Praça de la Concorde (Coração de Paris), seguimos adiante e nos encontramos nos portões do Jardin des Tuileries. 


Palácio das Tulherias (em francês Palais des Tuileries), cuja construção começou em 1564, sob o impulso de Catarina de Médicis.  Foi residência real de numerosos soberanos, nomeadamente Henrique IV, Luís XIV, Luís XV e ainda Luís XVIII, depois residência Imperial com Napoleão III até à sua destruição por um incêndio em Maio de 1871. Hoje o Palácio não existe mais e como todos os outros pontos histórico tem muita história da França para contar, inclusive a lenda de Jean l'écorcheur, conhecido como o "petit homme rouge des Tuileries" (pequeno homem encarnado das Tulherias), que assombrava regularmente o palácio. 


Hoje há um grande espaço vazio entre as alas do norte e sul do Louvre, revelado ao público depois do incêndio e destruição do Palácio das Tulheiras, em 1883.  Hoje tudo é um enorme Jardin des Tuileries, que  está rodeado pelo Louvre, o Sena, a Place de la Concorde e a Rue de Rivoli.
O Jardim das Tulherias cobre cerca de 25 hectares e ainda segue de perto o desenho realizado pelo arquiteto paisagista André Le Nôtre, em 1664.  Aqui pode-se ver como é a maneira de viver parisiense, onde as pessoas passeiam, tomam sol lendo um livro e as crianças com seus barcos a controle remoto brincam nas fontes com seus pais.

Desde de 2003, fala-se na reconstrução do Palácio das Tulheiras, por várias razões diferentes, talvez o motivo mais forte seja a ampliação que se faz necessária há muito tempo para as encontrar-se espaço para as obras do Louvre. Atualmente, o mobiliário e as pinturas ainda estão depositadas em armazéns e não em exposições públicas, devido à falta de espaço no Museu. Argumenta-se que a recriação das salas de Estado do Palácio das Tulherias permitiria a exposição destes tesouros do Segundo Império, afastados do público. Se esta "brincadeira" torna-se real, estimava-se em 2003, um investimento de 300 milhões de euros.

Um comentário:

  1. Olá

    O palácio de Tuleries abrigou a família real - Luís XVI, Maria Antonieta e filhos, após sua expulsão de Versalhes e antes da frustrada tentativa fuga da França. Depois de sua captura Luis XVI foi decapitado e M. Antonieta presa em Concierge.

    Fui a Paris ano passado e compartilho com você a impressão sobre o Rio Sena. Fiquei também um pouco decepcionada ao ver o Sena, mas apaixonei-me por Paris e este ano voltarei. Paris é o Rio de Janeiro que deu certo.
    Abraços
    Maria Esther

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